Os paradigmas da liderança vêm mudando nos últimos anos. Nunca se ouviu falar tanto sobre liderança autêntica, líderes servidores e liderança positiva.
Para J.C Hunter, consagrado autor de Como se tornar um Líder Servidor, liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força de caráter. Segundo o autor o estilo de liderança baseado no poder existe há milhares de anos mas já não se monstra tão eficiente como antes.
Kazuo Inamori, fundador e presidente da Kyocera, diz:
“Seja em pesquisa e desenvolvimento, na gerência da empresa ou em qualquer outro aspecto do negócio, a força ativa são as pessoas. Pessoas têm vontade própria, mente própria e uma forma de pensar própria”
Ele acredita que para aproveitar o potencial das pessoas é preciso entender a mente subconsciente, as motivações e as “ações do coração”, o desejo sincero de servir o mundo.
Na sua visão a tarefa do líder começa em proporcionar bem-estar material e espiritual aos seus funcionários.
Quando falamos em novos paradigmas da liderança, podemos entender que estamos lidando com uma nova forma de pensar e agir. As empresas saudáveis serão aquelas que conseguirem sistematizar formas de reunir pessoas com modelos mentais capazes de enfrentar situações cada vez mais complexas e dinâmicas.
Uma das grandes tarefas do líder é criar uma visão de futuro. Essa visão somente é compartilhada quando todos, líderes e liderados, assumem o comprometimento mútuo de mantê-la não só individualmente, mas em conjunto. Essa tarefa só se torna possível a partir do diálogo autêntico e contínuo. Quando realmente compartilham uma visão, as pessoas sentem-se conectadas, ligadas por uma aspiração comum.
A capacidade de estabelecer um diálogo autêntico é um dos grandes objetivos da Comunicação Não Violenta (CNV), sendo também uma visão compartilhada por Bill George, professor da Harvard Business School. Para ele, uma das ideias chave em ser um líder autêntico é a de promover o empoderamento das pessoas, e para isso deve-se manter conversas sinceras que construam confiança e compromisso.
Stuart Diamond autor de Consiga o que você quer diz que “O componente principal da confiança é a honestidade. A confiança não implica que ambos os lados concordem entre si ou estejam sempre satisfeitos um com o outro. Significa, porém, que as partes acreditam uma na outra. Para o líder, sua credibilidade é a ferramenta mais importante de que dispõe”
Voltando para a abordagem da CNV é importante destacar que ela é muito mais do que uma técnica de comunicação que contempla 4 elementos:
(1) observar sem julgar;
(2) reconhecer sentimentos;
(3) entender necessidades;
(4) fazer pedidos/acordos.
Sua prática é uma forma de ser e de viver que exige profundas transformações no modo de pensar, sentir e agir. É um convite para nos conectarmos com o mundo em todas as suas dimensões:
(1) intrapessoal (consigo mesmo);
(2) interpessoal (com o outro);
(3) sistêmica (organização, comunidade, etc).
A CNV é um exercício de presença plena, escuta radical e muita empatia que exige esforço, intenção e uma escolha consciente de nutrir relações mais saudáveis e produtivas.
Você está pronto para experimentar?
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